terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Quando queremos atingir a perfeição....mas temos que trabalhar!

Ola

Estava com preguiça de escrever aqui no blog, e fui procrastinando até hoje.
Como nada acontece por acaso, e Eles arranjam sempre forma de me pôr a mexer, bastou-me abrir ao "acaso" o livro da minha querida Prof Karen Berg - Simples Luz - para perceber sobre o que deveria escrever.








Quando alguém se dedica muito a uma coisa, eu, pessoalmente tenho das minhas reservas. É tudo muito...e uma procura incessante da perfeição que me assusta.
Dizemos muitas vezes em tom de critica: " Fazem mal e depois vão bater com a mão no peito!".
Referimos quase sempre a pessoas cujos comportamentos são, aos nossos olhos duvidosos, mas que se dizem muito religiosos. Ou adeptos de alguma religião.

Contudo, para além dum julgamento que não deveríamos fazer, também devemos sempre olhar primeiro para nós.
Porque cada vez que olhamos para nós e analisamos friamente o que somos, o que fazemos, como fazemos e o que pretendemos, quase sempre temos pontos em comum (temos sempre por muito que nos custe admitir), com aqueles a quem criticamos.

Neste mundo da espiritualidade (até parece que a espiritualidade é um  mundo à parte...), mas enfim, nesta senda em que nos encontramos do auto-conhecimento, vêem-se verdadeiros mestres, diria sábios a apregoarem a santidade e até a terem o arrojo de se auto-proclamarem gurus, divindades, enfim, a tal perfeição.
Ficam reclusos: Não usam roupas que não sejam com determinadas caracteristicas, não fazem nada que não corresponda aquele objectivo da santidade que querem atingir, agem e falam em ensaios permanentes de divindade, ou do que acham que se pretende como tal, enfim, assumem uma personagem, como no teatro, com plateia, com toda a certeza, e enquanto a peça durar são os heróis da sua própria produção.
(Estou a constatar factos, não a julgar. Neste caso observo).


Assusta-me! Assusta-me todo esta performance para se sentirem perfeitos. Porque não o somos e nunca seremos - minha opinião!
Temos ao longo da história, figuras que nos inspiram e nos fazem sentir pequenos perante a obra e a entrega deles, lembro-me de repente duma Madre Teresa, dum Ghandi, e de tantos outros que de uma forma ou de outra nós os beatificamos nas nossas mentes e corações.
Mas até esses não cometeram erros?!
Fizeram sempre a mesma coisa?!
Só vieram cá para fazer o bem?!
São santos?!
Não creio! Tiveram virtudes que foram realmente dignas de registo.
Tiveram coragem, foram audazes, inteligentes, destemidos, lutaram por aquilo em que acreditaram e foram seres humanos de causas. Porque mesmo perante ameaças nunca recuaram.

Mas santos?! Perfeitos?! Intocáveis?! Não, não consigo ver o ser humano desta forma.


A vida de cada um é uma sucessão de degraus e de portas umas mais fáceis de subir e de abrir, respetivamente, outras mais dificeis, que dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, segundo a segundo vamos tentando.
Somos todos UM, mas este UM está fragmentado pelos diferentes karmas e dharmas. E cada um tem de seguir o seu caminho.

Não somos perfeitos, bem pelo contrário. Somos seres absolutamente imperfeitos (o Dr. Sobrinho Simões diz que não), somos seres que ainda estamos na fase mais imberbe da criação e como tal longe de atingir qualquer grau de conhecimento que nos permita a glorificação dos nosso feitos.


Há dias, num dos meus encontros tertulianos de Anjos, alguém me dizia em tom de recomendação que eu tinha um grande trabalho interior para fazer (perante a minha forma expansiva e excêntrica de ser), e eu pensava para os meus botões: " Nem calculas o quanto! Todos os dias ao longo destes anos em que ganhei a consciência de ser um SER ESPIRITUAL a ter uma experiência terrena, que me levanto pela manha e pergunto sempre para mim própria : "Que vais fazer hoje para ser melhor que ontem?!"

Uns dias acho que até consigo, nos outros volto para trás.

Todos precisamos de trabalhar. Na verdade, não podemos todos ser monges nem rabinos, nem pastores, nem padres, nem religiosas, nem eremitas.....temos obrigações que se prendem com a vida que assumimos ter quando pedimos para reencarnar que nos obriga a estas idas e vindas sempre pautadas pelo cronómetro.
Mas se todos/as fizermos por dia uma acção em que possamos colocar em prática o que aprendemos em teoria, então já estamos no bom caminho.

Nem que seja só e apenas (e que bom seria se o fizessemos): PARAR!

Contemplar! Agradecer! Já fica ao teu critério....


Ama-te! Cuida-te! Respeita-te!


Xi 💙

www.terapiasmulherholistica.com






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