Ola
Por cada vez trabalhar mais em assuntos femininos, e vocacionar a minha vida profissional, enquanto terapeuta holistica, para o feminino bem como, por atender cada vez mais mulheres nas consultas de mesa radionica, é inevitável que mais e mais oportunidades de trabalhar com e para mulheres seja uma constante.
Uma dessas oportunidades foi-me dada por alguém que agradeço e aprecio, numa plataforma de rede social , ou melhor em várias, mas uma delas é feminina - A Ti Mulher -Reencontros - e assim ter mais contactos com outras mulheres, estamos a falar num Universo de 3.000...
Hoje em particular, foi lançado um repto, de cooperação e de tomada de consciência de partilha entre e com mulheres, e do quanto necessitamos de nos ajudar e apoiar mutuamente.
É inevitável esta partilha:
O numero de mulheres que atendo, ou que fazem parte das minhas palestras/mandalas, com casamentos em fase final, ou que penosamente se arrastam numa morte lenda, é enorme.
O número de mulheres que me confessa que já não aguentam sequer olhar para o marido/companheiro, que ele já não representa nada. Muitas delas, e por relações parentais, já os acham "apenas" o pai dos filhos...enfim, acabou, o vazio e a ausência de sentimentos tomou lugar e veio para ficar. É a separação e mais nada. Se possível pacifica e cordial....
É! Enquanto não descobrem que afinal ele mal saiu de casa tem "outra".
Pior, ele se calhar já tinha "outra".
Mas para que interessa isso agora? Em que é que isso te vem ajudar a enfrentar o divórcio, a separação, o assumir o fim dum ciclo?
Que interesse tem, se o teu ex companheiro tem outra mulher? Ou outro homem? (como muitas vezes acontece).
Isso não diz respeito a ninguém a não ser a ele. E este respeito é mútuo.
Quando uma relação acaba nada mais há a dizer. Muito menos a dar satisfações sobre a vida privada de cada uma das partes.
Se alguma coisa houver, que perturba os filhos em comum, isso sim tem de ser analizado, verificado, provado e se não se chega a consenso então entram as instituições de protecção, advogados, pedo-psiquiatras e mais o que queiram chamar e recorrer.
Agora, a perseguição gratuita do ex companheiro só porque "refez" a vida dele mal desceu os degraus de casa, isso é única e simplesmente um assunto do foro privado da pessoa. Nada tem a ver com a mulher.
Mais ainda, a hipótese que "ele já podia andar com ela enquanto esteve casado comigo", também já não te diz respeito. Porque não sabes. Porque não soubeste. E agora já passou o tempo.
Cobranças? Não têm lugar. Já nada há a discutir.
Há duas situações nas quais não podemos tocar:
uma é o passado. Já passou, nada podemos alterar.
a outra é o futuro. Não o conheces sequer. Nem sabes nada dele.
Vive o Agora. Vive o presente. É com esse que tens de te entender todos os dias quando acordas.
Mais grave, é que a "outra" a tal que ele arranjou mal saiu de casa, ou........até já a tinha, tem muitos defeitos. É gorda, é velha, é baixa, é alta, tem má conduta, já teve muitos casos........
1. Que te interessa a ti quem a pessoa é ou deixa de ser?
2. Com que direito julgas as outras?
3. Quando se aponta o dedo a alguém, tens 3 a apontar para ti. Não esqueças!
4. Condenas todos os dias, as revistas, as redes sociais, os meios de comunicação social todos por ostracizarem as mulheres pelo aspecto físico. O que estás tu a fazer neste momento à actual companheira do teu ex companheiro?
A isto tudo chama-se EGO.
E ego é um inimigo que tens de domar todos os dias. Ele não morre. Só perde força.
Mas se o insuflares, transformas-te no monstro que todos os dias criticas.
Nunca pensaste que essa mulher que persegues, poderá também ela, vir a sofrer o mesmo erro de escolha que tu sofreste. E por isso também ela passar pelas provações que estás a passar.
Nunca pensaste que essa mesma mulher nada tem a ver com o teu passado, os teus ressentimentos, os teus ódios mesquinhos, as tuas opções....
Onde está a solidariedade feminina?
Onde está a força e a união feminina?
O respeito pelo sagrado feminino ficou onde?
O fim duma relação é o fim de um ciclo. Dói, incomoda, deixa-nos muitas vezes com algum vazio, sensação estranha de fracasso apesar de sabermos que nada é eterno....mas......nunca nos pode permitir julgar constantemente e sistematicamente as outras mulheres.
Esta mudança de padrão, este acordar da consciência feminina tem de ser uma realidade.
É insuportável continuarmos nos jogos sociais impostos de que a mulher é sempre culpada de tudo. Não é!
Não há culpa. No limite: Responsabilidade!
Mas é reduzir os homens a invertebrados quando acusamos constantemente as mulheres a causadoras de rupturas, ou de má conduta, ou de seres a derrubar.
É preciso mudar consciências! E isso começa por ti. Por mim. Por nós.
Hoje a epístola foi longa, mas confesso que me incomoda desabafos de mulheres, que ainda por cima foram as primeiras a admitir o erro dos casamentos, e inclusivé a vontade de acabar com o erro e quando avançam para a solução, começam com perseguições rídiculas e sem sentido a "outras" mulheres.
Amor-próprio, auto-estima, equilibrio tem de ser as palavras de ordem.
E se cuidares de ti, vais ser que não sobra tempo para te preocupares ou perseguires e julgares a vida dos outros.
Ama-te! Cuida-te! Respeita-te (mas faz isso também para as outras)
Xi 💜
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