Ola
Hoje apetece-me escrever e partilhar um desabafo d'alma. São todos, uns mais racionais outros menos, mas hoje estou assim, a esvaziar.
Este ano vai ser dado a estas coisas, pois é um ano criativo, mas também um ano de expansão, vamos para todo o lado.
E se calhar nunca vamos sair do sitio.
Espero que não. Espero que apesar de tudo possamos sair, mudar, transmutar, avançar, crescer, expandir, e melhorar como seres humanos, como seres pensantes e no meu caso e no caso das pessoas para quem trabalho: como mulheres!
A pressão que estamos todos a sentir leva-nos a pensamentos pessimistas, loucos, sem nexo, mudamos de humor a cada instante, acreditamos e desacreditamos no mesmo instante, e em cada ida e vinda olhamos à volta e estamos sós.
Isto é transversal. Não importa o sexo, a idade a profissão, todos andam à procura de alguma coisa que não conseguem agarrar.
Parece que agarramos uma miragem.
Aí vem ela! A mudança! Estava prevista não?! Há anos que nos dizem que até 2023 muita coisa vai mudar, a Terra e o sistema em que vivemos actualmente vai mudar, os nossos valores também, os paradigmas e os dogmas vão sofrer A transformação. Voltamos a 1789 mas desta vez, esperamos nós, sem cabeças cortadas.
E agora é que nos sentimos perdidos, sem norte.
Vêem as memórias todas, inconscientemente, do passado, de vidas passadas, em que isto aconteceu, duma forma ou de outra, e sentimos medo.
Hoje recebi um texto da Alexandra Solnado, uma canalização de Jesus, como ela lhe chama e eu não contesto, em que dizia "Fluir", deixa fluir.
E sim, na verdade só temos que copiar os rios, olhar para eles e copiar. Fluem. Nada mais. Contornam os obstáculos e fluem.
Ou acreditamos ou não acreditamos. Perante a adversidade é que a nossa fé é posta à prova. Porque dizer que se tem fé e que a nossa fé é inabalável é fácil quando a corrente está a nosso favor. E não nos fazem sair da nossa zona de conforto.
Agora quando nos mexem, quando nos fazem sair do sofá em que nos instalamos, tudo começa a incomodar.
E é aí que o Universo nos empurra para o caminho menos percorrido. O caminho do meio, do equilibrio.
E é um caminho absolutamente solitário, ninguém o pode fazer por ninguém. Ninguém vive a vida pelos outros. Cada qual vive a sua. E os caminhos que percorremos a nossa via sacra karmica e dharmica são só nossas. São solitárias, são feitas sozinhas, porque é um caminho interior.
Quando vejo nos meios de comunicação social o pânico pelas histórias que se contam das crises politicas, sociais, economicas, financeiras, etc já não me assusto. Fico quieta, aguardo que venham mais, que o dominó comece a cair e tudo ruirá. E naquele momento, só peço para que ninguém perca a fé. Que ninguém desespere. Porque tudo está certo. Tudo vai ficar bem. Transmutar custa, a mudança nunca foi fácil, nem uma simples mudança de casa, são sempre complicadas, difíceis, trabalhosas, mas têm de ser feitas.
E eu, porque sinto que estou bem instalada num sofá. Quietinha, a aguardar que o mundo rode e rode e eu cá fico, de manta e pantufas, eis que o Universo me picou, me fez ficar inquieta de repente.
Não porque eu não esteja no meu caminho divino, pois acho que estou mesmo. Nem tão pouco porque não estou a fazer o que devo fazer, porque acho mesmo que faço, e os desafios são constantes, e dentro da mesma linha.
Mas como me dei à preguiça, há anos que não me apetece sair. Sair do país, sair da cidade, sair físicamente daqui.
Argumentos? Imensos, sempre presentes, sempre actuais. E existem mesmo, na verdade.(co-crio a minha realidade, portanto, quando digo: eu não tenho dinheiro para viajar, não tenho. Eu não tenho condições para estar ausente, não tenho mesmo.Somos o que pensamos)
Mas agora acho que o Universo me diz ao ouvido de vez em quando: " Há um caminho físico, fora de ti que também tem de ser percorrido, e tu não o estás a fazer!".
E a minha alma ficou inquieta, porque essa viagem é exterior mesmo. E tenho que a fazer. Também é um caminho do meio. Porque é um caminho de equilibrio. Nem só a olhar para dentro, e nem só a olhar para fora.
Ufa!
É no equilibrio que se encontra a nossa paz, harmonia e felicidade! É sempre aqui que está o segredo dessa plenitude que tanto ansiamos - no equilibrio - e para o conseguirmos o trabalho é árduo.
A mim agora, tocou-me esta parte, que estava desequilibrada.......as viagens interiores já têm o passaporte muito carimbado..........agora são as exteriores......e eu vi que tinha deixado caducar o passaporte.
Mais um desafio!
Vamos lá ver quando o gatilho dispara para começar a caminhada.....Aguardo e espero não arranjar mais argumentos. Mas há dias em que o coração fica apertadinho.
Xi 💞
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